A força estrutural da economia americana
- Gabriel Rabinovici

- há 1 dia
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Os Estados Unidos entraram em um ciclo de investimento sustentado, reforçando a narrativa do “excepcionalismo americano”. O crescimento tem sido impulsionado por três pilares:
(i) a aceleração dos investimentos em IA e novas tecnologias, que devem gerar ganhos relevantes de produtividade;
(ii) a política fiscal expansionista, estimulando empresas a ampliar capacidade; e
(iii) condições financeiras ainda favoráveis, com o Fed preservando um ambiente propício ao crédito e ao efeito-riqueza das famílias.
Esses vetores sustentam um crescimento doméstico estável em torno de 2,0%. No cenário externo, a administração avança em acordos com China e Índia, normaliza relações com países asiáticos e aprofunda a cooperação com o Japão, reduzindo o risco de uma guerra comercial ampla, apesar do uso contínuo de tarifas como ferramenta diplomática.

Os receios inflacionários seguem se dissipando. Mesmo com possíveis ajustes de preços no início de 2026, a inflação tende a permanecer perto de 3,0% antes de convergir para 2,5% na segunda metade do ano — abrindo espaço para o Fed retomar os cortes, apoiado pela fraqueza crescente do mercado de trabalho. É verdade que os valuations elevados geram desconforto e podem limitar retornos no longo prazo, além de ampliar a volatilidade no curto prazo. Ainda assim, esses níveis são sustentados por fundamentos sólidos, tanto no quadro macroeconômico quanto no corporativo.
Diante disso, mesmo com alertas pontuais, o conjunto estrutural permanece favorável. Seguimos construtivos e posicionados para capturar a continuidade desse ciclo.
Essa publicação não é uma recomendação de investimento.



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