Hora de avaliar, refletir, planejar e executar!
- Gabriel Rabinovici

- 16 de dez.
- 2 min de leitura
Com a proximidade do fim do ano, faz sentido analisar e olhar o portfólio com mais frieza. Confirmar se as decisões de hoje continuam alinhadas com os objetivos de longo prazo. Uma reflexão simples: meu posicionamento hoje reflete o que eu quero, posso e preciso fazer com minha carteira? Quando a resposta não está clara, o risco de decisões emocionais aumenta — geralmente nos piores momentos.
Um ponto que surge com frequência nessas revisões é o excesso de caixa. A sensação de segurança é compreensível, especialmente após períodos de volatilidade. Mas os números históricos não deixam dúvida: no longo prazo, saldo em caixa tem sido uma das formas mais consistentes de perder poder de compra. US$ 1 investido em ações americanas na década de 1920 virou mais de US$ 21.000, enquanto o mesmo dólar mantido em caixa se transformou em pouco mais de US$ 25. Liquidez é necessária, mas o excesso de liquidez custa.

Outro ponto é a estrutura do portfólio. Resultados consistentes não vêm da tentativa de antecipar o mercado, mas de uma construção sólida: diversificação entre ações americanas e globais, renda fixa de qualidade e ativos descorrelacionados, combinada com disciplina de rebalanceamento (para atravessar ciclos distintos sem comprometer a estratégia). Vale destacar também os instrumentos de proteção.
O ouro é um bom exemplo. Não rende, nem sempre funciona como hedge, mas cumpre seu papel em momentos de estresse geopolítico e sistêmico. Na Stratton, temos ouro nas carteiras há anos — não por “moda”, mas como parte de uma lógica de diversificação, proteção e potencial de apreciação, baseada em nossa análise e convicção. Com essa base sólida, surgem oportunidades táticas, sempre de forma controlada.
O ponto, no entanto, permanece o mesmo: disciplina, diversificação e foco no longo prazo — especialmente em momentos de volatilidade, em que manter excesso de caixa parece seguro, mas gera perda significativa de valor ao longo do tempo. Conclusão, o objetivo é simples: dormir tranquilo, sabendo que a carteira está bem posicionada para enfrentar diferentes cenários.
Essa publicação não é uma recomendação de investimento.



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