IPOs na Europa: retomada ou falso recomeço?
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- há 5 dias
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O mercado europeu de ofertas públicas iniciais (IPOs) atravessa um momento decisivo após anos de retração, marcado por incertezas geopolíticas e condições financeiras mais restritivas. Empresas como Verisure, ISS Stoxx, Swiss Marketplace Group e Ottobock retomaram planos de listagem, testando a disposição dos investidores em um cenário de recuperação ainda frágil. O caso mais simbólico é o da Tennet, operadora holandesa de rede elétrica, que pode levantar até €5 bilhões em Frankfurt, reforçando o papel do setor de infraestrutura energética na atratividade das emissões.
Apesar da cautela, há sinais de que o apetite do mercado começa a se reaquecer. Executivos de bancos de investimento relatam um pipeline robusto e níveis de atividade que não se observavam há anos. A expectativa é que um IPO bem-sucedido, com forte desempenho inicial, funcione como catalisador para uma onda de novas listagens, ajudando a restaurar a confiança em praças como Frankfurt, Londres e Estocolmo. A busca por capital em setores estratégicos (energia, tecnologia e segurança) reflete a adaptação das companhias às novas prioridades econômicas e regulatórias na Europa.

No entanto, os riscos permanecem. O uso de processos de dupla via (dual track), que conciliam IPO e venda privada, tende a aumentar a cautela dos investidores. Para que o ciclo de aberturas de capital se consolide, os especialistas defendem preços realistas, tamanhos adequados das ofertas e uma construção gradual de reputação no mercado secundário. Caso o outono europeu não traga resultados consistentes, o foco inevitavelmente se voltará para 2026, quando novas candidatas já despontam no radar, de fornecedores de defesa a plataformas digitais.
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