O mercado de trabalho e os próximos passos do Banco Central Americano
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- há 20 horas
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Na última terça-feira, o relatório de revisão dos empregos gerados entre março de 2024 e março de 2025 revelou que o mercado de trabalho americano já apresentava sinais de enfraquecimento desde o ano passado. Dos empregos reportados no período, 911.000 foram reduzidos, o que significa uma média de 75.000 empregos a menos por mês. Considerando que a revisão também inclui os três primeiros meses de 2025, a economia americana adicionou, em média, apenas 35.000 postos de trabalho por mês, em vez dos 111.000 inicialmente divulgados.
Além disso, os dados de inflação (CPI) divulgados na manhã de hoje indicaram que a inflação permanece resiliente, mas alinhada às expectativas do mercado. O núcleo do CPI (core CPI) subiu 0,3% no último mês, conforme previsto. O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, já afirmou que as tarifas têm impacto transitório e não devem afetar a inflação de forma estrutural, uma leitura que compartilhamos desde o início da aplicação dessas tarifas.

Nesse contexto, acreditamos que o Federal Reserve pode considerar um corte de 50 basis points na taxa de juros. Vale lembrar que, em setembro de 2024, o FED surpreendeu o mercado ao reduzir a taxa básica em 50 basis points. Naquela ocasião, porém, os riscos para o mercado de trabalho eram significativamente menores. Atualmente, a taxa de desemprego está em 4,3%, os pedidos de seguro-desemprego atingiram o maior nível desde 2021, e a abertura de novas vagas está abaixo da oferta de trabalho.
Em nossa visão, o dia 17 de setembro vai marcar o início de um ciclo de dois cortes de 25 basis points ou, dado a situação, um corte de 50 basis points.
Isso não é uma recomendação de investimento.
Por Vinicius Flores,
Investment Analyst.
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